Entrevista com o Professor Sóstenes sobre ansiedade.
- Vitoria
- 27 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Você sofreu de ansiedade na infância? Se sim, pode contar como era?
Sim. Eu era uma pessoa muito agitada e tinha uma necessidade de ser aceito pelas pessoas. O que me deixava impaciente, mas como eu era jovem, não tinha essa visão
Quando foi que você percebeu que não era uma ansiedade "normal"?
Na minha fase adulta, quando perdi o meu pai.
Hoje em dia, como é sua ansiedade na relação familiar e na vida amorosa?
É estável, mas na época que eu não sabia lidar com ela, tinha dificuldades de me relacionar.
Você tem problemas para se relacionar com os alunos por conta disso?
Pelo contrário, com isso eu passei a entendê-los melhor e hoje falo disso abertamente.
Você tem complicações que afetam o seu corpo relacionadas a ansiedade? (problemas pra respirar, na hora de dormir, etc...).
Sim. A respiração ofegante e acordar várias vezes durante a noite, decorrente do medo que tinha quando ela chegasse. A perda do meu pai me fez ficar várias noites em claro, pensando em uma pessoa que eu amo que não estava mais ali.
Você teve ou tem acompanhamento profissional para controlá-la? Qual o tipo de tratamento você fez ou faz?
Sim, acompanhamento psiquiátrico e psicológico.
Percebeu alguma melhoria?
Sim.
Que dica você daria para as pessoas que sofrem com ansiedade?
O mais importante de todos é que elas não estão sozinhas;
Todo mundo sofre, mas tem um pouco de receio ao falar de seus sentimentos;
Aceitar que isso é uma condição da própria pessoa, não é algo que precisa combater, mas sim aceitar porque é uma parte do ser humano;
Quem ajuda a enxergar isso é um psicólogo e/ou psiquiatra, mas muita gente não procura porque o preconceito com esse tratamento ainda existe. Se você toma um remédio pra dor de cabeça, pra febre, gripe, entre outros, por que não pode tomar um para tratar da sua saúde mental?
Entrevistadoras: Anna Carolina e Maria Vitória.
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